Você perdeu alguém querido e agora precisa entender se o enteado pode receber pensão por morte do INSS?
Essa é uma dúvida muito comum entre famílias com laços afetivos fortes e reais — mas que muitas vezes esbarram em barreiras burocráticas.
Neste artigo, vamos explicar tudo de forma clara: quando o enteado tem direito, como é calculado o valor da pensão por morte e o que fazer para garantir esse benefício.
Aqui, você irá ler mais sobre:
- O Que É a Pensão por Morte do INSS?
- Enteado Tem Direito à Pensão por Morte?
- Qual o Valor da Pensão por Morte Para o Enteado?
- Existe Diferença Entre Filho Biológico e Enteado?
- Documentos Necessários Para Pedir o Benefício Como Enteado
- Quanto Tempo Dura a Pensão Por Morte?
- Como o Valor É Dividido Entre os Dependentes?
- Dá Para Acumular Pensão Com Outros Benefícios?
- Por Que o INSS Costuma Negar Pensão Por Morte a Enteados?
- O Que Fazer se o Pedido For Negado?
- Conclusão: A Justiça Também Reconhece os Laços do Coração
O QUE É A PENSÃO POR MORTE DO INSS?
A pensão por morte é um benefício pago pelo INSS aos dependentes de um trabalhador ou aposentado que faleceu.
O objetivo é proteger financeiramente a família de quem contribuía para a Previdência Social, garantindo uma renda mensal.
QUEM TEM DIREITO À PENSÃO POR MORTE?
Segundo a legislação, os dependentes do falecido são divididos em três classes:
- Classe 1: cônjuge, companheiro(a), filhos menores de 21 anos ou inválidos/deficientes;
- Classe 2: pais;
- Classe 3: irmãos menores de 21 anos ou inválidos/deficientes.
💡 Importante: os dependentes da classe 1 não precisam provar dependência econômica, enquanto os das classes 2 e 3 precisam comprovar.
ENTEADO TEM DIREITO À PENSÃO POR MORTE?
Sim! O enteado pode ter direito à pensão por morte, desde que seja comprovada a dependência econômica em relação ao falecido. Isso está previsto no artigo 16 da Lei nº 8.213/91:
“Consideram-se dependentes do segurado: (…) § 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica.”
Ou seja, mesmo que o enteado não seja filho biológico, a lei reconhece a relação afetiva e de sustento como suficiente para conceder o benefício.
QUAL O VALOR DA PENSÃO POR MORTE PARA O ENTEADO?
A pensão por morte não tem um valor fixo.
O cálculo depende de algumas variáveis importantes:
✅ REGRA GERAL:
Se o segurado não era aposentado, a pensão será:
- 50% do valor da aposentadoria por incapacidade permanente a que ele teria direito;
- + 10% para cada dependente, até o limite de 100%.
➡️ Exemplo: Se o enteado for o único dependente, o valor será de 60% da aposentadoria que o falecido teria direito.
✅ SE O SEGURADO JÁ ERA APOSENTADO:
A base será o Você pesquisou por pensão por morte – Hermann Richard Advocacia Especializada recebida em vida, e aplica-se a mesma regra:
- 50% + 10% por dependente.
EXISTE DIFERENÇA ENTRE FILHO BIOLÓGICO E ENTEADO?
Na prática do INSS, sim. Na lei, não deveria haver.
A lei reconhece o enteado como equiparado a filho, desde que haja declaração do segurado e comprovação da dependência econômica.
Porém, filhos biológicos têm presunção de dependência, enquanto o enteado precisa provar que era sustentado pelo falecido.
⚠️ Essa exigência de prova é o que faz com que muitos pedidos de enteados sejam negados administrativamente.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA PEDIR O BENEFÍCIO COMO ENTEADO
É fundamental apresentar documentos que comprovem que havia relação familiar e dependência econômica.
Veja os mais utilizados:
- Certidão de nascimento ou documento com o nome do enteado;
- Declaração do falecido no INSS constando o enteado como dependente;
- Comprovantes de residência em comum;
- Declarações escolares, médicas ou bancárias mostrando vínculo familiar;
- Fotos, vídeos e testemunhos de convivência;
- Provas de que o falecido pagava escola, plano de saúde ou despesas do enteado.
QUANTO TEMPO DURA A PENSÃO POR MORTE?
A duração do benefício depende da idade e condição do enteado na data do falecimento:
- Menores de 21 anos: recebem até essa idade;
- Deficientes ou inválidos: pensão vitalícia ou enquanto durar a condição;
- Enteado maior de idade que provar dependência pode receber por tempo determinado (em geral, conforme regras do cônjuge dependente).

COMO O VALOR É DIVIDIDO ENTRE OS DEPENDENTES?
O valor total da pensão é dividido igualmente entre os dependentes habilitados.
➡️ Exemplo: Se o falecido deixa um filho e um enteado, ambos reconhecidos como dependentes, a pensão será dividida 50% para cada.
Se um dos dependentes perde o direito (por atingir 21 anos, por exemplo), sua parte não é redistribuída, mas extinta.
DÁ PARA ACUMULAR PENSÃO COM OUTROS BENEFÍCIOS?
Sim, em alguns casos.
O enteado pode:
- Acumular pensão por morte com auxílio-acidente ou salário-maternidade, por exemplo;
- Acumular pensões por morte de regimes diferentes (como INSS + pensão militar).
⚠️ Mas a Reforma da Previdência trouxe limites para acumulação de pensões de mesma natureza (por exemplo, duas do INSS). Nesses casos, recebe-se o valor integral da maior e percentual da menor.
POR QUE O INSS COSTUMA NEGAR PENSÃO POR MORTE A ENTEADOS?
As negativas mais comuns ocorrem porque:
- Falta declaração do falecido no INSS reconhecendo o enteado como dependente;
- Ausência de documentos fortes provando a dependência financeira;
- O segurado não tinha qualidade de segurado na data do óbito;
- A documentação apresentada é considerada insuficiente ou contraditória.
💡 Em muitos desses casos, a Justiça tem reconhecido o direito ao benefício, desde que se prove a relação familiar estável.
O QUE FAZER SE O PEDIDO FOR NEGADO?
Se o INSS negar o pedido, você pode:
- Recorrer administrativamente, dentro do próprio INSS;
- Entrar com ação judicial com apoio de um advogado especialista.
Na Justiça, é possível usar provas mais amplas, como testemunhas e documentos adicionais que o INSS, muitas vezes, ignora.
CONCLUSÃO: A JUSTIÇA TAMBÉM RECONHECE OS LAÇOS DO CORAÇÃO
Ser enteado é ter uma história construída com base em afeto, cuidado e convivência.
Quando essa relação é de dependência real, a lei deve reconhecer — e a pensão por morte é um direito que precisa ser respeitado.
Se você enfrenta dificuldades para obter o benefício, saiba que não está sozinho.
A luta pelo reconhecimento dos laços do coração é legítima e tem amparo legal.
FALE COM UM ADVOGADO E GARANTA O DIREITO À PENSÃO POR MORTE
Se você é enteado ou representa um enteado que perdeu um ente querido e precisa da pensão por morte, não deixe que a burocracia do INSS te impeça de exercer esse direito.
A ajuda de um advogado especializado pode fazer toda a diferença para comprovar a dependência, apresentar os documentos corretos e, se necessário, entrar com ação judicial para garantir o benefício e os valores retroativos.
⚖️ Entre em contato com um advogado de confiança e lute por aquilo que é seu por direito.